Aquela foi uma boa noite. Não porque eu estava com a alma tranquila e nem porque agora eu olhava para o Miro sem culpa, mas sim porque agora eu sabia que não estava magoando ninguém, e isso era tudo que eu precisava para ser feliz, pelo menos por enquanto.
Fiquei pensativo sobre a presença da magia negra, porque me lembrava da voz, que fazia alguns dias que havia me deixado em paz. Nós já havíamos jantado e eu estava deitado enquanto pensava nisso, o Glaucos estava lendo um livro e o Miro parecia estar querendo alguma coisa, porque ele parecia inquieto.
-Miro, o que foi? Tenho certeza que você está aprontando alguma coisa.
-Claro que não. – ele disse sorrindo.
Aquele sorriso o desmentiu na hora. Nós nos encaramos por alguns segundos, e era como se conseguíssemos conversar sem palavras. Estávamos revendo nossa tarde, ou pelo menos era o que eu achava. O pequeno momento foi interrompido quando ele se levantou e veio até a minha cama, usando o “pijama” dele. Eu sussurrei:
-Nada de ficar aqui, como você se sentiria se o Glaucos fizesse isso com você?
Ser a parte racional de um relacionamento era muito complicado, ainda mais quando ele ficava tão perto de mim, e usando só aquela bermuda. Mas alguém tinha que fazer esse trabalho, infelizmente.
-Eu sei, relaxa, eu não to fazendo nada demais.
Realmente estar com pouco roupa na cama da pessoa que você beijou a poucas horas não é nada demais, provavelmente o Glaucos pensava a mesma coisa já que todos somos puros e inocentes mesmo. Sim, isso foi uma ironia.
-Eu não confio muito no seu senso de não fazer nada.
Ele me olhou daquela forma fofa, que quase teria me feito desistir da posição de racional, se o corpo dele não desviasse tanto a minha atenção e me lembrasse da realidade dos fatos.
-Ok, mudando de assunto, - já que eu estava começando a perder o controle da situação. – eu senti magia negra na floresta hoje.
Vi seus olhos voltando algumas horas atrás, provavelmente tentando captar algum sinal disso.
-Ah, então foi isso que te deixou perturbado antes de voltarmos.
Ele pareceu preocupado com isso também.
-Sim... mas nem imagino de onde veio.
Admitir aquilo era frustrante, era muito ruim ser vítima de ataques e não ter como revidar, já que eu não fazia a mínima ideia de quem estava por trás disso ou mesmo o porquê.
-Ângelo, - era o Glaucos, ele tinha fechado o livro dele - você me deve uma explicação sobre suor no rosto.
-Ah é, - complementou o Miro - você também precisa me contar o que aconteceu entre você e...
Eu havia me esquecido deste detalhe, eu realmente devia aos dois algumas explicações, e agora que as coisas estavam meio que resolvidas, eu poderia dá-la sem muitos problemas.
-Tudo bem, as duas histórias são a mesma.
Contei a eles sobre a caverna dos sonhos, sobre meu encontro com o Marcelo e sobre a pedra. Também contei sobre meu orbe e sobre o trato com o professor.
-Ângelo, você usou duas magias ao mesmo tempo! E ainda achou uma pedra rara! - o Glaucos disse.
É, havia sido um dia e tanto, aconteceu muita coisa ao mesmo tempo. Fiquei feliz pelas minhas conquistas, mas eu jamais ia conseguir admitir que foi fácil deixar o Marcelo ir de verdade, mas foi o melhor a ser feito.
-Sim, foi muito divertido. Extremamente cansativo, mas muito bom. E voar é uma das melhores coisas do mundo...
Lembrar daquela sensação de liberdade era surreal, não havia nada comparado àquilo, era simplesmente maravilhoso. A parte ruim é que aquilo me consumiu muito.
-Mas o que você vai ter que fazer em troca do metal? E que metal é? - o Miro disse.
Essa era uma boa pergunta. Depois de tanta coisa, eu nem tinha pensado nisso.
-Eu não sei... espero que não sejam tarefas complicadas.
Meus olhos começaram a ficar pesados, havia sido um dia muito longo e cansativo.
-Hum... acho que preciso dormir, - eu disse enquanto bocejava e me espreguiçava um pouco - foi um dia muito cansativo e... cheio.
Olhei para o Miro, ele sorriu e disse:
-É, boa noite.
Ele me beijou no rosto. Pude ver o Glaucos fazendo um gesto de vômito.
-Ah Glaucos, não enche.
E comecei a rir.
-Tá bom Ângelo, boa noite. – ele disse com um sorriso no rosto. - Você vai ficar chateado se eu não for aí te dar um beijinho de boa noite também?
Várias opções me passaram pela cabeça. Dizer que sim e ver a fúria do Miro; xingá-lo; bater nele; usar uma magia de sono nele; mas de todas, eu fiz a que consumia menos energia.
-Não sei por que ainda te escuto.
Virei para o outro lado, mas ainda pude ouvi-lo rindo e pude sentir o Miro se levantando. Foi uma noite sem sonhos, eu acho, porque parecia que alguém estava me empurrando, me balançando para os lados.
-Ângelo? Ângelo, acorda.
Acho que era o Miro.
-Ah, só mais cinco minutos, por favor.
Os benditos cinco minutos, quase sempre se transformavam em horas, mas quem liga?
-Você já disse isso antes.
Ok, isso só podia ser sonho mesmo, eu não lembrava disso...
-Ah, eu não disse não.
-Já sim, levanta. – ele disse enquanto me colocava sentado na cama.
Eu me sentia muito cansado ainda, pelo menos psicologicamente. Fiquei sentado na cama esperando a energia matutina chegar até mim. Provavelmente eu ficaria ali mais algumas horas esperando...
-Ângelo, você tá bem?
Perguntas difíceis a essa hora da manhã, por quê?
-Uhum...
Abri os olhos e vi o Miro, ele já estava com o uniforme, aquilo me assustou, eu costumava ser o primeiro a acordar.
-Miro, que horas são?
Tentei limpar os olhos, vi que o Glaucos também já estava arrumado, sentado na cama dele.
-São 7:20.
7:20!!! Eu costumava acordar 6:30, não ia dar tempo de captar energia das plantas. Eu precisava ir rápido!
-Ah, não, preciso me arrumar logo!
Levantei-me rápido, talvez rápido demais, porque senti minha pressão sanguínea caindo. Cambaleei um pouco. O Miro me segurou para eu não cair.
-Ângelo? O que houve? - disse o Glaucos.
Como é que eu ia saber? Eu estava acordando, nesse período do dia as respostas costumam ser muito mais difíceis de conseguir. Felizmente eu me lembrei de ontem
-Eu só fiquei um pouco tonto, nada demais, acho que usei muita magia ontem, foi só isso.
“Só isso” era bem sutil, já que provavelmente eu estaria parecendo um zumbi agora.
-E você só sente agora?
Como explicar isso de uma forma bem simples?
-É como uma espécie de ressaca, o sono restaura muito bem o corpo e a mente, mas a magia não funciona assim.
Aparentemente ele havia entendido, mas isso não ia fazer o tempo ir mais devagar, eu precisava ser rápido.
-Bem, não tenho muito tempo, estou muito atrasado.
O Miro pareceu não gostar muito do que eu disse, já que ele me segurou com um pouco mais de força nos braços. Eu esperava que ele lembrasse que ele já era forte sem se esforçar...
-Calma Ângelo, - disse o Miro - podemos sair daqui 10 pras 8.
Isso me dava 30 minutos. Não era o fim do mundo, mas chegaríamos na academia encima da hora. Contudo, eu teria pouquíssimo tempo pra conseguir energia limpa, e no estado que eu estava, eu não ia aguentar o dia inteiro na academia com pouca magia. Bem, eu precisava tentar.
-Ok então.
Fiz menção para que ele me soltasse, e ele assentiu. Entrei no banheiro, me despi com um pouco mais de calma e entrei no chuveiro. Senti a água no corpo, foi revitalizante. Eu comecei a captar energia dela sem nenhum esforço. Não entendi como aquilo estava acontecendo, mas foi bom, eu comecei a me sentir um pouco melhor. Terminei meu banho, escovei os dentes e me troquei, dentro do banheiro. Saí do banheiro às 7:40. Peguei umas duas torradas e fui para a janela. Subi no parapeito e pulei.
-Flutuar.
Fui até a árvore mais próxima e comecei a captar energia dela, enquanto comia a torrada. Deixei a magia negra livre e me concentrei com mais força em captar energia. Eu precisava aprender a captar energia do ar, essa situação seria contornada se eu já soubesse...
-Flutuar.
Fui para outra árvore, comecei a ter medo de fazer mal à primeira por captar energia demais. Depois de oito minutos captando energia e sentindo no estômago as duas torradas eu estava bem melhor. Voltei para o quarto para colocar o sapato e para tentar comer mais alguma coisa.
-Ângelo, - virei-me para ver que era o Glaucos que falava comigo, enquanto eu colocava o sapato - você me dá medo.
Eu havia me esquecido que era incomum eles me verem captando energia, então eu me jogar da janela deve ter sido estranho.
-Eu precisava ser rápido, desculpe se assustei vocês.
Preocupados teria sido um termo melhor, avaliando-os melhor.
-Ah, tudo bem – começou o Miro - achei que você fosse desmaiar aqui, daí você sai do banheiro e se joga da janela. Não há motivo pra preocupação.
E eu achando que só eu era irônico no recinto.
-Eu sei que vocês vão me perdoar uma hora, - eu disse enquanto pegava mais uma torrada – mas agora precisamos ir.
Eles se entreolharam, mas foram para a porta. Consegui terminar de comer antes de sair do prédio. Andamos um ao lado do outro, com eu no meio. O Miro segurou minha mão. Eu ainda não tinha me acostumado a isso, ele era o tipo de cara que eu imaginava com o Glaucos, por exemplo, que era lindo, nunca com um mago, de pele clara, frio e sem corpo definido. Tudo bem que eu era magro, o que já era melhor do que alguns magos que tinham uma barriga considerável, mas ainda assim eu não tinha corpo definido. E apesar disso aqui estava ele, segurando minha mão. Eu olhei para ele. Ele parecia feliz, tinha um olhar sonhador. Senti a mão dele se fechando mais na minha, eu retribui, ou pelo menos tentei. O Glaucos ficou muito feliz ao ver a Higéia nos esperando. De certa forma eu também fiquei feliz, eu não ia gostar de ver as duas pessoas que moram comigo se beijando ou namorando na minha frente, apesar de eu nunca ter feito isso com o Miro. De qualquer forma fomos os quatro juntos para a academia, estava indo tudo bem até o Crisaor me ver de mão dada com o Miro.
-Olha só, que patético, eles estão juntos.
Uma coisa que se aprende quando se é um mago negro, é que muitas vezes você consegue fazer o que quer, sem usar magia alguma. Olhei para o Crisaor firmemente, a frase “Se olhar matasse” me veio à mente. Soltei minha mão da do Miro, e recebi um olhar meio inconformado dele por isso. Dei um passo para frente e coloquei as duas mãos, uma de frente para a outra, na frente do meu peito, e comecei a fechá-las lentamente, não desviando meu olhar do Crisaor. Eu havia conseguido, ele entendera o recado, eu vi o medo em seus olhos, a claustrofobia.
-Da próxima vez não serão minhas mãos que estarão se fechando, espero que você se lembre muito bem disso.
Apesar do medo, ele não ia perder a postura. Isso era algo respeitoso em uma pessoa, uma pena que eu tenha observado isso naquele cretino.
-Da próxima vez, mago, eu vou terminar o serviço.
Ok, devo admitir que também fiquei receoso. Nossos dois conflitos foram interrompidos, um a favor dele e outro a meu favor. Não quero considerar a lança negra como alguma coisa aqui, aquilo não devia ter feito parte disso.
-Vou pensar em fazer isso também.
Ele lançou um olhar de raiva e entrou na academia. Voltei a segurar a mão do Miro, ele sorriu. Entramos na academia, desejei boa aula a eles e fui para a sala com a Higéia.
-Ângelo, - ela começou. - porque você e aquele guerreiro brigam tanto?
-Eu também queria saber... – respondi meio chateado.
Da última vez que perguntei para o Crisaor porque ele implicava com o Miro ele não respondeu, e acho que agora é que ele não ia responder mesmo.
O dia na academia foi como sempre, tirando o fato de que quando o sinal soou, anunciando o fim da aula, eu parecia mais cansado do que normalmente ficava. Mas eu ainda não podia ir, precisava ver com o professor o que teria que fazer para pagar o metal. Esperei até que todos saíssem e fui até ele.
-Então professor, o que preciso fazer?
Porque ser sutil quando se poder ir direto ao assunto? Um pequeno defeito meu...
-Bem, sua tarefa é simples, você vai me ajudar com alguns livros na biblioteca, começando hoje e terminando na quinta. Na sexta-feira eu tenho outra tarefa, mas deixo isso para o dia.
Livros? Eu realmente esperava algo bem mais complicado que isso. E resolver tudo em 4 dias? Isso soava muito bem. Contudo eu não esperava que eu fosse ficar hoje...
-Neste caso, vou ficar aqui até que hora?
Ele olhou para o relógio e depois me encarou por alguns momentos.
-Você só tem permissão de ficar depois da aula por mais uma hora, então às 19h você já poderá ir. Podemos ir?
Eu não podia deixar o Miro e o Glaucos me esperando durante uma hora, eu precisava avisá-los.
-Tudo bem, só preciso avisar meus amigos.
Ele me olhou um tanto quanto impaciente...
-Hum... acho que não temos tempo para que você possa ir até eles, mande uma mensagem.
Eu ficaria muito feliz em mandar uma mensagem se eu soubesse como fazer isso.
-Eu não sei mandar.
Minha falta de habilidade com o vento estava ficando cada vez mais incômoda.
-Diga-me o que você quer escrever.
Seu olhar era meio vazio, isso às vezes me assustava um pouco.
-Hum... que eu vou sair daqui só às 19h por causa das tarefas e que eles podem ir.
Tentei não transparecer o pequeno receio enquanto falava, algo que aprendi muito bem a fazer com os anos. Uma das minhas armas era o medo, usá-lo contra mim era muito difícil.
-Ok, Mensagem de vento.
Um papel esverdeado apareceu na frente dele e palavras começaram a aparecer nele. Ele me deu o papel e disse para pensar no destinatário. Pensei no Miro e o papel se desfez em ar, fiquei pensando se tinha feito algo errado.
-É normal acontecer isso professor?
Ele acenou com a cabeça.
-Neste caso, acho que podemos ir.
Já que ele parecia um pouco apressado, não seria uma boa ideia ficar enrolando, concordei com a cabeça e fomos.
Quando chegamos à biblioteca fomos direto para a sessão das magias.
-Ângelo, seu trabalho hoje, amanhã e depois serão todos feitos aqui. Até as 18:50 você deverá separar os livros daquela pilha – apontando para alguns livros que estavam dentro de uma caixa – de acordo com o elemento principal do livro. Você deve fazer um risco com a cor respectiva ao tipo de magia, assim como estão todos os outros livros, tudo bem?
Basicamente os livros eram separados pela classe e depois pelo elemento, então essas marcações ajudavam muito na hora de organizar os livros e para achá-los também.
-Hum... sem problemas.
-Durante os dez minutos finais faremos outra coisa e na sexta seu trabalho será na minha sala, depois você estará dispensado. Tudo bem?
É, realmente parecia bem leve...
-Tudo bem.
Ele deu um pequeno sorriso, o que quebrou a tensão de pessoa misteriosa que às vezes ele tinha.
-Ótimo, pode começar, volto aqui às 18:50.
Dizendo isso, ele se virou e saiu da biblioteca. Hora de trabalhar...
Como eu já havia imaginado, o trabalho não foi difícil, era até que prazeroso, eu gostava da biblioteca. Como um mago, muito do meu treinamento era sentado lendo, então era natural que eu gostasse do ambiente. De qualquer forma eu havia conseguido fazer a marcação em quase todos os livros da caixa quando o professor voltou, e aquilo parecia tê-lo deixado bem feliz.
-Ah, você fez um excelente trabalho. Mas agora vem a parte difícil, siga-me, não temos muito tempo.
Sabia que estava fácil demais...
Eu o segui até os fundos da biblioteca, lá tinha uma porta que dava para um lugar reservado da biblioteca, o qual os alunos não podiam entrar, ele entrou e pediu para que eu o seguisse. O lugar tinha ar de velho e empoeirado. No centro da sala havia um pedestal de pedra com algo que se parecia com um cristal negro. Acima dele havia uma janela de vidro e a lua cheia estava fazendo luz na pedra.
-Ângelo, vamos fazer uma magia com essa pedra. Vou precisar que você libere o máximo de magia negra que conseguir.
Eu me assustei com o pedido, mas obedeci. Agora meu cabelo estava negro com algumas mechas azuis.
-Muito bom, agora fique atrás da pedra e de frente para mim.
Fiz o que ele pediu, o que me deixou um pouco receoso.
-É uma magia contínua, você deverá repetir as palavras Luna Encantate várias vezes. Eu vou estar com os olhos fechados, quando eu abrir os olhos você deve parar o encantamento imediatamente, precisamos estar em sincronia perfeita, tudo bem?
Ok, eu ia fazer uma magia contínua usando magia negra...
-Hum... ok.
Ele deu maior força para a magia branca, sua aura começou a deixar os tons de marrom aos poucos.
-Ótimo, coloque as mãos na pedra, nas laterais, não tampe a luz da lua, assim como eu estou fazendo.
Ele colocou as mãos dos lados da pedra, eu fiz o mesmo do lado oposto. Ele fechou os olhos e disse:
-Preparado?
Concentrei-me em seus olhos, os quais seriam meus guias durante essa magia e disse:
-Sim, vamos.
Ele consentiu com a cabeça, um leve sorriso em seu rosto.
-Quando eu chegar no 3 começamos. 1... 2... 3.
-Luna Encantate. - dissemos juntos.
Ficamos repetindo esse encantamento várias vezes, um laço de magia negra saiu das minhas mãos e começou a rodopiar a pedra enquanto um laço idêntico, mas de magia branca saiu das mãos dele e acompanhou o movimento do laço que eu havia formado, era muito belo de se ver. Nem por um segundo eu desviei meus olhos dos dele, a hora de parar um encantamento precisava de muita precisão. Ele o abriu depois de poucos minutos. Ambos paramos a magia e soltamos a pedra.
Eu me senti um pouco fraco depois daquilo, mas percebi que só a magia negra estava desgastada, então tentei usar mais magia de gelo. Deu certo. Aparentemente ele fez o mesmo, porém com magia de terra.
-É, é cansativo, - ele começou, vendo o desgaste no meu rosto. - por isso não podemos fazer por muito tempo. Faremos isso mais duas vezes, para aproveitar a lua cheia.
Eu concordei com a cabeça. Agora sim as coisas começaram a ficar interessantes.
-Bem, - ele continuou, provavelmente notando que eu esperava a próxima instrução. é isso Ângelo, pode ir descansar, até amanhã.
-Tudo bem então, até.
Virei-me e fui embora, deixando-o admirando a pedra.

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Prefácio

Marcelo é um espadachim de fogo e seu sonho está muito próximo de se tornar realidade.
Ângelo é um mago de gelo com uma vida prestes a mudar.
Miro é um guerreiro de fogo com sérios problemas com seu rival.
Glaucos é um arqueiro de vento galanteador e de vida fácil.
Cada um deles tem um segredo, os quais estão prestes a serem revelados.

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